Acusado da morte de seu enteado, o menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em novembro de 2013, o padrasto Guilherme Raymo Longo, de 38 anos, foi condenado pelo tribunal do júri, no final da noite deste sábado, 21, a 40 anos de prisão, sem direito a recorrer em liberdade. A mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, de 37, que respondia por ter se omitido na proteção ao filho, foi absolvida. A defesa do réu antecipou que vai entrar com recurso.
O julgamento, quase dez anos após o crime, foi iniciado na segunda-feira, 16, e encerrado após seis dias de depoimentos e debates com a leitura dos votos dos jurados, no Fórum de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O juiz José Roberto Liberal, que preside o júri popular, havia antecipado os interrogatórios dos réus - Natália e Guilherme - para a sexta-feira, reservando este sábado para os debates entre defesa e acusação.
Em seu depoimento, pela primeira vez, Natália acusou o ex-companheiro de ter matado a criança. Ele teria aplicado uma dose alta de insulina no menino e jogado o corpo em um córrego próximo à residência da família. Já Guilherme voltou a dizer que é inocente.
O júri, composto por cinco mulheres e dois homens, acatou a tese do Ministério Público, segundo a qual o padrasto teria aplicado doses excessivas de insulina em Joaquim, que tinha diabetes, causando sua morte. O MP havia pedido a condenação de Longo por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima
Cinco dias após o desaparecimento, o corpo do menino foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos, por um sitiante. A necropsia indicou que Joaquim estava morto antes de ser jogado no rio. No mesmo dia, Natália e Guilherme foram presos temporariamente. Na época, a polícia entendeu que só o casal teve acesso à criança antes de ela ser morta.
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